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Crise da China pode abalar grande aposta do governo brasileiro

Desaceleração econômica do gigante asiático pode afetar tentativas de promover uma revitalização da indústria e da economia do Brasil











Bloomberg — Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou a China no centro de suas tentativas de promover uma revitalização da indústria e da economia do país.





Mas enquanto os líderes das principais potências emergentes regressam a casa da cúpula dos Brics na África do Sul esta semana, os problemas repentinos do maior membro do grupo começam a obscurecer os planos de Lula.

A economia chinesa está em desaceleração. Isso não só ameaça suas ambições de transformar os Brics em uma força que pode contrabalançar o domínio dos países ricos ocidentais no cenário mundial, mas também representa riscos para as nações que passaram a confiar na China como motor implacável do crescimento.


Para o Brasil, os riscos são enormes. A China é hoje, de longe, o maior parceiro comercial do país, respondendo por quase um terço das exportações brasileiras. O comércio entre os dois aumentou para US$ 173 bilhões em 2022, quase o dobro dos US$ 94 bilhões entre Brasil e EUA, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A desaceleração da China pode enfraquecer a demanda pelas vendas externas brasileiras, que impulsionaram a recuperação pós-pandemia e ajudaram a economia a superar as previsões este ano.


Ao mesmo tempo, o status do Brasil como maior economia da América Latina provavelmente amplificaria os efeitos de uma crise impulsionada pela China em uma região onde muitas nações agora dependem muito do gigante asiático.

A portas fechadas, economistas de peso começaram a alertar o banco central de que uma recessão global intensificaria as pressões sobre as contas públicas do país, exacerbando as preocupações com a meta do governo Lula de zerar o déficit primário, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com as conversas ouvidas pela Bloomberg News. Isso também aumentaria as chances de o dólar subir a R$ 5, disseram as pessoas, que pediram anonimato. O dólar fechou a R$ 4,88 na quinta-feira.


Fonte: https://www.infomoney.com.br/economia/crise-da-china-pode-abalar-grande-aposta-do-governo-brasileiro/

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